Por que falar sobre suicídio na escola?


Fotos: Luiz Antonelli , Kauan Soares, Bel Araújo

“Sem imaginar um futuro possível, não há presente possível. É isso que todos nós precisamos compreender. É isso que os jovens corpos tombados estão também dizendo em seu silenciamento violento. Só se combate a vontade de morrer criando um mundo em que vale a pena viver. Essa é a principal tarefa da escola e de todas as instituições.”
Eliane Brum

Setembro Amarelo é uma campanha brasileira de prevenção ao suicídio iniciada em 2015 em Brasília. O objetivo é alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. O Coletivo ERER+ realizou no dia 14 de Setembro na E. E. Dr. Américo Marco Antonio uma roda de conversa com o objetivo de levar informações, trocar experiências e, principalmente, criar uma rede de apoio com foco na saúde mental e prevenção ao suicídio.

Durante a semana houve a preparação de cartazes que foram espalhados pela escola e a comunicação prévia da roda de conversa afim de iniciar diálogos.  









E assim, no dia 14 de Setembro nos encontramos em uma tarde fria e chuvosa afim de realizarmos a nossa roda de conversa. Contamos com a participação de pessoas ligadas ao Coletivo ERER+, o Grêmio Estudantil e uma turma do oitavo ano acompanhada do professor Marcelo de Geografia. 

A abertura e mediação do encontro foi feita por Prof. T., e assim, adentramos no assunto através da fala do estudante Bruno Gonçalves. Utilizando vídeos, músicas e a sua própria experiência de vida, ele nos provocou a pensar com mais profundidade sobre a questão da depressão e do suicídio e, principalmente, nos convidando o tempo todo para que nos tornemos pessoas mais humanas e empáticas. Nos convidando o tempo todo para que possamos construir redes de apoio e afeto. Nos convidando o tempo todo para viver.

Muitas falas surgiram ao longo da tarde. Lágrimas, desabafos e de modo pungente o desejo de que a gente consiga construir um mundo em que possamos nos ajudar mutuamente. Enquanto os depoimentos surgiam rasgando a nossa tarde e nos atravessando, mãos se encontravam, abraços confortavam e o coração não cessava de pulsar. 

Mais do que colocarmos laços amarelos no peito em uma atividade de Setembro, assumimos o compromisso de colocar laços dentro dos nossos corações e, a partir disso, seguir com o trabalho sem trégua de melhorar enquanto gente. Ajudar a si. Ajudar o próximo. Até o fim.

O fechamento dessa atividade acontecerá no final do mês com a presença de profissionais da psicologia para conversar conosco. 
































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