A solução dos conflitos escolares para além do mero punitivismo
"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se podem aprender a odiar, elas podem ser ensinadas a amar."
Nelson Mandela
O conflito escolar muitas vezes - talvez na maioria delas - tem sido resolvido por vias punitivistas e só. Nós do Coletivo ERER+ acreditamos que o conflito escolar, principalmente aquele que tem suas raízes no bullying, no preconceito e na discriminação, pode e precisa receber outros tratamentos. Apenas o punitivismo não tem resolvido muita coisa dentro das escolas e para além delas também não (olhemos a sociedade). Nós, por exemplo, temos trabalhado na prevenção e na construção de um olhar crítico sobre essas violências recreativas e cotidianas e outros contextos estão sendo possíveis de vivenciar.
Ontem, 02 de Outubro, fizemos uma pequena imersão com duas turmas dos nonos anos sobre a construção de uma escola em que as diferenças não se tornem violências. Refletimos sobre a diferença do bullying e das discriminações e, principalmente, sobre os efeitos na vida das pessoas: tanto de quem produz a violência quanto da quem a sofre.
Recebemos o convite da Prof. Beatriz Zanon (Biologia) e construímos uma ação conectada com as coordenadoras de nossa unidade escolar, Prof. Dulce e Sandra. E ainda contando com a presença e apoio das professoras Sueli (Educação Especial), Elissa (Matemática) e Lídia (Artes).
Assim, Prof. T. discorreu sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido com o Coletivo ERER+ e trouxe para reflexão temas que são muito frequentes e comuns - nos casos de violências - em nosso espaço escolar: a discriminação das pessoas com deficiência, a LGBTQfobia, o racismo, o sexismo machista e a gordofobia. De modo interseccional essas pautas foram todas trabalhadas propondo-se um olhar atento sobre raça, gênero e classe.
E abraçando as palavras de Mandela, se podemos ensinar o ódio, podemos também ensinar o amor e respeito. Seguimos.